A paz é um conceito que está em pauta nas equipes esportivas
Desde a antiguidade, o esporte vem sendo buscado como forma de proporcionar paz e harmonia entre os povos. Os gregos, por exemplo, viam nos jogos olímpicos, além da religiosidade, uma maneira de integrar as civilizações. Porém, o que se vê no esporte nos dias de hoje, principalmente no futebol, não é bem o clima de paz. Torcidas organizadas se enfrentam antes e depois dos jogos, atletas mostram indisciplina dentro de campo e até presidentes de clubes se alfinetam perante a mídia.
Casos de brigas entre as torcidas organizadas se tornaram comum no dias de hoje. No dia 15 de fevereiro de 2009, um torcedor atleticano foi morto com um tiro no pescoço, em um ponto de ônibus, antes do clássico entre Cruzeiro e Atlético. O pior é que o tiro partiu de um torcedor da Máfia Azul, maior rival da Galoucura. Em entrevista ao Jornal O Tempo, o promotor José Antônio Baeta afirmou que medidas estão sendo tomadas para tentar controlar a violência nos estádios. A primeira delas é a delimitação de espaços nas arquibancadas para cada uma das torcidas. “Só poderá entrar no setor e usar a camisa da organizada, aquele que estiver no cadastro da torcida”, afirma.
O cadastramento de torcedores é uma das medidas que o Ministério Público (MP) vai adotar para tentar trazer a paz para o esporte. Outra ação, que já foi colocada em vigor, é a proibição da venda de bebidas alcoólicas no estádio, que tem como objetivo coibir a violência entre os torcedores. Uma pesquisa realizada no Mineirão mostrou que, após a implantação da medida, houve redução de 70% nos índices de violência.
O torcedor atleticano Rodrigo Oliveira, de 27 anos, afirma que sempre vai ao campo, mas procura ficar longe de confusão. “Vou a quase todos os jogos e sempre presencio atos de violência”. Oliveira, que não é integrante da Galoucura, acredita que a violência nos estádios está excessiva. “As pessoas já vão mal intencionadas para o campo. O pior é que não temos segurança nem lá dentro, nem do lado de fora”.
Outro exemplo bem comum na atualidade é a indisciplina de jogadores. No clássico mineiro do dia 26 de abril, o atacante cruzeirense Kléber, ao comemorar o gol, provocou a torcida alvinegra imitando um galo, símbolo do rival. O Ministério Público está analisando a atitude do jogador, que pode ser punido. Além disso, torcedores atleticanos estão ameaçando o atacante e garantem que querem matá-lo. Na comunidade do Galo no Orkut - site de relacionamentos -, milhares de comentários de torcedores alvinegros estão sendo investigados pelo MP, que garantiu que a atitude é criminosa e os responsáveis podem ser punidos.
Infelizmente, o fanatismo pelo futebol é tão grande que acaba gerando violência. Em uma escolinha de futebol do bairro Sion, os alunos aprendem que o importante não é vencer, mas, sim, competir. “Sempre os motivamos a levantar a cabeça depois de uma derrota. Em jogos, não cobramos muito deles, pois sabemos que são crianças e que não estão preparados para isso”, afirma o professor Arthur de Melo. Além disso, a escolinha mostra, a todo o momento, que violência não leva a nada. “Eles já sabem que tudo se resolve na base da conversa”, completa o professor.
De acordo com o site Futebol Interior, o ex-coordenador executivo da comissão do projeto “Paz no Esporte”, Marco Aurélio Klein, tem como objetivo acabar ou, pelo menos, tentar diminuir o pesadelo da frequente onda de violência nos estádios nacionais. “Quero, com o projeto, mostrar que é possível ir ao estádio sem correr o risco de sair ferido ao término de uma partida”. Durante dois anos, Klein lutou com sucesso contra a situação e conseguiu a criação de uma delegacia que resolve os problemas na hora e dentro do próprio estádio. Além disso, conquistou o direito de fazer o cadastramento das torcidas organizadas e criar o cargo de gerente de segurança em clubes que devem contar com câmeras para monitorar o movimento dos torcedores dentro e fora dos estádios.
A luta pela paz é exemplo também em países como a Inglaterra. Depois de muitas tragédias marcantes no futebol, como a morte de 96 torcedores do Liverpool, no estádio Hillsborough, diversos clubes passaram a pensar em maneiras de pregarem a harmonia e a paz no esporte.
Não precisamos ir tão longe para encontrar exemplos de violência, mas, além disso, de luta pela paz. Os estádios mineiros passam a ser, a partir de uma nova lei aprovada este ano, palco de torcedores conscientes de que paz e justiça fazem parte do bom futebol.
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No fim dos anos 80, os clubes da Inglaterra estavam banidos das competições europeias pelo mau comportamento dos torcedores do Liverpool, também conhecidos como Reds. A punição se deu em 1985, contra o Juventus, pois 39 pessoas, a maioria do Juventus, morreram prensadas contra um muro após tumulto iniciado pelos fãs do Liverpool.
A paz no esporte, especialmente no futebol, deve ser tratada de forma particular, com incentivos para que as torcidas se unam pelo bem comum: apreciar uma boa partida. Os torcedores e fãs devem ser estimulados a terem a paz como uma ausência de violência e guerra em qualquer tipo de situação, sendo desejada e almejada para cada pessoa, a fim de ter em mente que o que importa não é ganhar e, sim, competir.
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Esta semana, foi publicado, nos sites da Galoucura e da Máfia Azul, um mesmo manifesto, intitulado “Paz e Justiça, a nossa onda é torcer sem violência!”. O texto tem como objetivo desmistificar algumas opiniões polêmicas sobre as torcidas organizadas e demonstrar aos leitores e aos seus clubes de coração que elas lutam e torcem por paz e justiça, dentro e fora dos estádios.
Entretanto, atleticanos e cruzeirenses declaram em seus sites que não são inocentes em achar que não existe, entre seus integrantes, uma minoria de pessoas que não entende a filosofia de torcer e amar o clube em que depositam suas emoções, frustrações e esperanças. Porém, consta no manifesto, que inocente é quem acha que há somente gente sem compromisso e inescrupulosa em torcida organizada.
De acordo com o responsável pelo site da Máfia Azul, que se intitula Frances CMA, a violência não leva a nada, “fomos os primeiros a publicar o manifesto que as outras torcidas adotaram. Quem continuar a provocar brigas e badernas estará sujeito a ser extinto pelo Ministério Público, com certeza”.
Segundo a torcedora atleticana e integrante da equipe de Muay Thai da Galoucura, Elissama de Amar, a torcida organizada do Galo já vem se preocupando em manter a paz nos estádios antes mesmo da existência desta lei. Existe, por exemplo, a campanha contra o vandalismo ao transporte coletivo, em que o Conselho Administrativo da Galoucura tem como objetivo conscientizar a todos os componentes da torcida organizada sobre o respeito que devem ter com os ônibus que fazem o trajeto para o Mineirão, sendo especiais ou não. “Hoje, vândalos depredam os ônibus, deixando trabalhadores, estudantes, familiares e até mesmo o próprio imbecil que quebrou o ônibus sem o transporte para o dia seguinte”, afirma Elissama.
Volta e meia o futebol brasileiro é tomado por uma onda de violência e, de tempos em tempos, quase que como um ciclo, discute-se a paz nos estádios de futebol. O presidente Lula assinou, no mês de março, no Palácio do Planalto, três medidas para aumentar a segurança nos estádios de futebol: um projeto de lei que criminaliza a violência de torcedores, um decreto que amplia as exigências técnicas para funcionamento dos estádios e um termo de cooperação técnica para monitorar o acesso de torcedores. As propostas fazem parte do plano de ações para a Copa do Mundo de 2014.
“Dada estas explicações, viemos a público dizer que sempre orientamos nossos integrantes a respeitar o próximo e, principalmente, o adversário. Temos como bandeira a paz e justiça para todos, independentemente das camisas que vestem”, trecho do manifesto “Paz e Justiça, a nossa onda é torcer sem violência!”.
Tema: ESPORTE
ResponderExcluirAdequação à Pauta (5): 5
Abordagem (5): 5
Adequação à Norma Culta (5): 4
Copy do outro texto: JUVENTUDE (10): 9
Observações
-Nas citações, sempre que possível, preferir os padrões jornalísticos;
-Concordância: “casos se tornaram comuns”;
-jornal “O Tempo”;
-No caso, preferir travessão sem a vírgula;
-“Futebol Interior”: colocar o nome do site entre aspas;
-Refazer: “Não precisamos ir tão longe para encontrar exemplos de violência, mas, além disso, de luta pela paz”;
-Prefiram: “a Juventus”;
-“Passados” e não “Passado-se”;
-Trocar “sim” por “também, em função do “não só”;
-“Até ele ceder” ou “até que ele cedesse”: adequar a oração;
-Repetição: “fizeram”;
-Melhorar a frase “Atos de violência que comovem e entristecem o nosso esporte”;
-“Melhoraram” por “Melhoram”;
-Recomendo retirar o ponto final depois de “Paz e Justiça, a nossa onda é torcer sem violência!”;
-Evitar repetição da palavra “ônibus” na citação da Elissama de Amar;
-Colocar um verbo dicendi antes de “um trecho...”, tipo “diz um trecho...”
Nota Total (25): 23
Legal gostei do texto.
ResponderExcluirDevemos torcer sem violencia ,precisamos manter a paz seja em qualquer futebol o importante é ter uma comemoracao sem violencia sem brigar.Temos que ser unidos a paz entre nos e o que importa ser feliZ.😊